domingo, 10 de maio de 2009

O que a percepção de interdependência tem a ver com o consumo consciente ?

. . . TUDO !

Repensando alguns hábitos cotidianos - por mais simples que sejam - você pode influenciar pessoas e contribuir para mudar o mundo para melhor. As decisões que você toma, por mais banais que possam parecer, afetam a todos, inclusive você mesmo.




www.planetasustentavel.com.br




- Manuela Fiais

terça-feira, 5 de maio de 2009

- CARTA ESCRITA NO ANO DE 2070
(Os impactos e as suas transformações )

Ano 2070. Acabo de completar 50 anos, mas a minha aparência é de alguém com 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo muito pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade. Recordo quando tinha cinco anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro.. . Agora usamos toalhas de azeite mineral para limpar a pele. Antes, todas as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras. Agora, devemos rapar a cabeça para a manter limpa sem água. Antes, o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje, os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDA DA ÁGUA, só que ninguém lhes ligava - pensávamos que a água jamais podia acabar. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aqüíferos estão Irreversivelmente contaminados ou esgotados. Antes, a quantidade de água indicada como ideal para beber eram oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo e tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado já que as redes de esgotos não se usam por falta de água. A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele provocadas pelos raios ultravioletas que já não tem a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. A industria está paralisadas e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-nos em agua potável os salários.Os assaltos por um bidão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressequidade da pele, uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40. Os cientistas investigam, mas não parece haver solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta de árvores e isso ajuda a diminuir o coeficiente intelectual das novas gerações. Alterou-se também a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos e como conseqüência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações. O governo cobra-nos pelo ar que respiramos (137 m3 por dia por habitante adulto). As pessoas que não podem pagar são retiradas das "zonas ventiladas". Estas estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam a energia solar. Embora não sendo de boa qualidade, pode-se respirar. A idade média é de 35 anos.Em alguns países existem manchas de vegetação normalmente perto de um rio, que é fortemente vigiado pelo exercito. A água tornou-se num tesouro muito cobiçado - mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui não há arvores, porque quase nunca chove e quando se registra precipitação, é chuva ácida. As estações do ano tem sido severamente alteradas pelos testes atômicos. Advertiam-nos que devíamos cuidar do meio ambiente e ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem descrevo o bonito que eram os bosques, lhe falo da chuva, das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o saudável que era a gente, ela pergunta-me: Papá! Porque se acabou a água? Então, sinto um nó na garganta; não deixo de me sentir culpado, porque pertenço à geração que foi destruindo o meio ambiente ou simplesmente não levamos em conta tantos avisos. Agora os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível. Como gostaria voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto, quando ainda podíamos fazer algo para SALVAR O PLANETA TERRA!

VANESSA OLIVEIRA

pronto, este já é o outro com as correções





Henrique Treumann
Impacto Ambiental das Atividades Humanas

De forma simplificada pode-se afirmar que em termos de avaliação do impacto ambiental das atividades humanas existem três grandes problemas no país, inseparáveis mas inconfundíveis, cada um com uma sistemática de análise científica distinta: as atividades energético-mineradoras, as atividades industriais-urbanas e as atividades agrossilvopastoris. Em geral, os critérios, instrumentos e métodos utilizados para avaliar o impacto ambiental são próprios a cada uma dessas três atividades e não universais.

O impacto ambiental das atividades energéticas e mineradoras é, em geral, intenso, pontual, limitado e preciso em termos de localização (uma hidrelétrica, uma mineração, por exemplo). Empreendimentos dessa natureza envolvem parcelas pequenas de população nos seus impactos diretos e são bastante dependentes de fatores relativamente controláveis. Existem metodologias bem estabelecidas para avaliar e monitorar o impacto ambiental desses empreendimentos, onde os aspectos de projeto, engenharia e planejamento são passíveis de um alto grau de previsão e controle.

O impacto ambiental das atividades industriais-urbanas é, em geral, de intensidade variada, podendo ir de pontual (no caso de uma fábrica poluidora, por exemplo) a difuso (no caso dos poluentes emitidos pela frota de veículos, por exemplo).Uma boa parte desses impactos dependem de obras de infra-estrutura e de saneamento, mais amplas do que a abrangência de cada empreendimento. Processos de planejamento e crescimento urbanos também cumprem um papel determinante em muitos casos. As atividades industriais-urbanas atingem, direta e indiretamente, grandes parcelas da população. Existe uma grande quantidade de normas, leis e regulamentos vigindo sobre esse tema, objeto de uma ação fiscalizadora relativamente intensa por parte da população e órgãos públicos.

Já os impactos ambientais das atividades agrícolas são em geral tênues, bastante dependentes de fatores pouco controláveis (chuvas, temperaturas, ventos etc.), atingem grandes áreas de forma pouco precisa, freqüentemente crônica, pouco evidente, intermitente e de difícil quantificação (perda de solos, produção de gases, erosão genética, contaminação de águas subterrâneas com fertilizantes ou pesticidas etc.). Em muitos casos os piores impactos ambientais da agricultura são invisíveis aos olhos da população, dos consumidores e dos próprios agricultores, ao contrário do que ocorre com uma fábrica ou uma mineradora.

Também a nível sócio-econômico, a diferença entre a agricultura e as outras atividades humanas é enorme: empregos gerados, condições trabalho, fatores sazonais, legislação específica, produção de riqueza, valor agregado etc. O mundo urbano situa-se na montante (fornecimento de insumos) e na jusante (agro-indústrias e consumidores) da atividade agrícola podendo mascarar o repasse de impactos ambientais indiretos, positivos ou negativos. O uso do álcool combustível nas grandes cidades é um exemplo típico de uma transferência de impacto ambiental positivo do campo para a área urbana.

Mª Cecília.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Os impactos ambientais são os efeitos que tem certa ação ou atividade sobre estes elementos do ambiente. Todas as nossas ações, assim como aquelas de qualquer ser vivo, causam um impacto no ambiente. Ao comprar um produto, ao joga-lo fora ou recicla-lo, ao plantar uma árvore de determinada espécie, ao andar ou usar algum meio de transporte, ao cultivar a terra, ao respirar...sempre que fizermos alguma coisa, estaremos produzindo algum tipo de impacto ambiental.

Curiosidades


- 2 a 4,5 °C. De acordo com estimativas feitas pelo painel intergovernamental de mudança climática, essa é a faixa de elevação que deve sofrer a temperatura média global até o final deste século.

- 2.000 quilômetros quadrados. Todo ano, áreas desse tamanho se transformam em deserto devido à falta de chuvas.

- 40% das árvores da Amazônia podem desaparecer antes do final do século, caso a temperatura suba de 2 a 3 graus.

- 2.000 metros. Foi o comprimento que a geleira Gangotri (que tem agora 25 km), no Himalaia, perdeu em 150 anos. E o ritmo está acelerando.

- 750 bilhões de toneladas. É o total de CO2 na atmosfera hoje.

- 2050. Cientistas calculam que, quando chegarmos a esse ano, milhões de pessoas que vivem em deltas de rios serão removidas, caso seja mantido o ritmo atual de aquecimento.

- o clima ficará mais frio apenas no hemisfério norte, quanto ao resto do mundo a temperatura média subirá e os padrões de secas e chuvas serão alterados em todo o planeta.

- o aquecimento da terra e também outros danos ao ambiente está fazendo com que a seleção natural vá num ritmo 50 vezes mais rápido do que o registrado a 100 anos.

- De 9 a 58% das espécies em terra e no mar vão ser extintas nas próximas décadas, segundo diferentes hipóteses.


Raquel Ribeiro

domingo, 3 de maio de 2009

sexta-feira, 1 de maio de 2009

logo marca


E aí... o que vocês acham deste logo?





Henrique Treumann

Rir para não chorar ²


Pessoal como esta chage mostra, muitas pessoas não se importam com o estar da cidade.
Walter

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O que é impacto ambientaol ?

Impacto Ambiental é o efeito causado por qualquer alteração benéfica ou adversa causada pelas atividades humanas ou naturais no meio ambiente.
As ações humanas sobre o meio ambiente podem ser positivas ou negativas, dependendo da intervenção desenvolvida. A ciência e a tecnologia podem, se utilizadas corretamente, contribuir enormemente para que o impacto humano sobre a natureza de acordo com o tipo de alteração, podendo ser ecológica, social e/ou econômica.

Esse é uma pequena definição para as pessoas que nao sabem do que se trata impacto ambiental ,entao ta ai uma pequena explicação que vai ajudar a galera na hora de comentar e ate mesmo de tentar reverter essa situaçao


Alexandre Sena
Este projeto é de grande importância para nós seres humanos, pois a poluição está gradativamente prejudicando a natureza.
O que é poluição?

Quem faz essa poluição?
Até quando vamos continuar asim só destruindo?
Como Ira ser nosso futuro?
Todas essas Perguntas nòs faz refletir .
aSS.Marcos Sodré Tavares.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Nossas ações destruindo o meio ambiente estão diretamente ligadas as paisagens urbanas pois cada vez mais as pessoas modificam as paisagens naturais para as adaptar ao nosso conforto sem pensar nas consequências desses atos. Por isso que a cada dia nossas florestas estão sendo destruídas o aquecimento global esta aumentando cada vez mais e a maior parte disso e para o melhoramento das paisagens urbanas.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

GREENPEACE em SALVADOR

ATIVISTAS ESCALAM ELEVADOR LACERDA E PENDURAM FAIXA DE 40m

06 de Março de 2009
Salvador (BA), Brasil — Alerta sobre as mudanças climáticas marca passagem do navio da organização por Salvador.

Um grupo de ativistas do Greenpeace escalou nesta sexta-feira (6/3/2009) o Elevador Lacerda, um dos mais conhecidos cartões postais de Salvador (BA), para pendurar uma faixa de 40 metros de comprimento. O 'banner' simulava uma régua gigante em referência ao aumento do nível do mar, um dos efeitos do aquecimento global provocado pelas mudanças climáticas que ameaça a capital baiana. A mensagem “É agora ou agora” é um alerta sobre urgência de medidas para salvar o clima do planeta.
O protesto é a primeira atividade da programação do navio Arctic Sunrise na capital baiana. A embarcação do Greenpeace realiza desde janeiro a expedição “Salvar o Planeta. É agora ou agora”, que faz parte do esforço global da organização de alertar populações de todo o mundo para os problemas causados pelo aquecimento global.
*Postado por Mahiara Baraúna Bacelar Bispo

O que é, realmente, ' Impacto Ambiental ' ?

Nosso blog foi feito para que vocês conheçam mais sobre os Impactos Ambientais,
sobre o Aquecimento Global, entre outros, mas para isso precisamos ter uma noção
mais precisa do que é IMPACTO AMBIENTAL.

Os impactos ambientais são os efeitos que tem certa ação ou atividade sobre os elementos do ambiente. Todas as nossas ações, assim como aquelas de qualquer ser vivo, causam um impacto no ambiente. Ao comprar um produto, ao joga-lo fora ou recicla-lo, ao plantar uma árvore de determinada espécie, ao andar ou usar algum meio de transporte, ao cultivar a terra, ao respirar...sempre que fizermos alguma coisa, estaremos produzindo algum tipo de impacto ambiental.
Mas não só os impactos ambientais de projetos merecem nossa atenção. Os planos ou programas dos governos também costumam produzir impactos ambientais significativos, amiúde mais importantes que aqueles projetos já mencionados. No entanto, habitualmente não lhes é dada a atenção necessária.
Todos os dias acompanhamos na televisão, nos jornais e revistas as catástrofes climáticas que estão ocorrendo no clima mundial. Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devastadores como tem ocorrido nos últimos anos.




Fontes : http://www.ecogenesis.com.ar/index.php?sec=PRarticulo.php&Codigo=11
http://www.suapesquisa.com/geografia/aquecimento_global.htm





Manuela Fiais Salomão

Greenpeace realiza projeto contra Aquecimento Global em Salvador!!

Eu(Caio Boa Morte) estava dando voltas e mais voltas pela internet quando derrepente mi deparei com uma noticia(tv aratu) realizada em 06/03/2009 que me chamou muito atencao o assunto trata-se do grupo Greenpeace que protesta contra o aquecimento global! Logo abaixo segue a Noticia!!




O Greenpeace realizou um protesto cobrando do governo brasileiro medidas urgentes contra o aquecimento global na manhã desta sexta-feira (06), em Salvador. A manifestação foi iniciada às 7h30, nas proximidades do Mercado Modelo, na Cidade Baixa.


Segundo informações da ONG, mais de 25% da população brasileira vive em cidades litorâneas como Salvador que serão fortemente afetadas pela elevação do nível do mar. O Brasil é hoje o 4º maior emissor de gases de efeito estufa no mundo e exerce papel fundamental nas negociações internacionais sobre o clima.

A pergunta que nao quer calar voces respetaveis leitores voces acham que o governo esta se portanto com o Aquecimento Global???

Fonte: http://www.aratuonline.com.br/noticia/21286.html

Pesquisa realizada por: Caio Boa Morte

domingo, 26 de abril de 2009

sábado, 25 de abril de 2009

Saldo Com a Natureza

Já que estamos falando de aquecimento global e de seus efeitos não só nas paisagens urbanas, mas em todo o meio terrestre, que tal nós pensarmos no que nós contribuírmos para isso? Nesse site aqui vocês irão encontrar Calculadora de CO2, onde poderão calcular quanto é a sua parcela de culpa em toda a emissão de CO2.

Leu? Ficou com a consciência pesada? Então agora você passa nesse outro site aqui, e aprende mais um pouco sobre o reflorestamento e as nossas florestas.

Fonte

Por: Juliana Fonseca, Tássila e Priscila

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Impactos na urbanização contribuem para a degradação do solo.

A construção descontrolada é uma das várias consequências do crescimento
demográfico verificado nas últimas décadas. Este crescimento populacional gerou uma
forte pressão urbanística, não acompanhada convenientemente pelas instituições e
normas urbanísticas.
A falta de planeamento em relação aos recursos pedológicos e hidrológicos, tem vindo
a acentuar o conflito existente entre o ambiente natural e o desenvolvimento físico -
urbanístico.
Com o aumento do processo de urbanização assiste-se à desflorestação, ocupação de
áreas inadequadas para a construção de infra -estruturas e à proliferação da
actividade industrial em meio urbano, factores que têm consequências graves ao nível
da degradação do solo: durante o processo de urbanização assiste-se à compactação
do solo, que tem como consequência directa a diminuição da infiltração e aumento do
escoamento superficial, que pode levar à ocorrência de inundações nas áreas a
jusante.
A actividade industrial em meio urbano tem graves sequelas, tanto nas águas, como no
solo, devido à contaminação provocada pela descarga de resíduos e efluentes, que
vão ser transportados para os campos agrícolas, promovendo a contaminação.
A impermeabilização, a ocupação inadequada do solo, a desflorestação e a
construção de condutas de escoamento pluvial de forma empírica e, portanto, sem
condições técnicas adequadas, geram um incremento da magnitude e frequência de
inundações.
Com a evolução tecnológica surgida na última década, a modelação hidrológica
aliada à tecnologia SIG contribuiu decisivamente para a elaboração de um
diagnóstico ambiental.

Para saber mais acesse:
http://web.letras.up.pt/aspedros/Inundações%20urbanas%20St%20Maria%20da%20Feira.pdf


Por: Ilana Marcele ;)

O crescimento urbano e seus impactos (bairro do Cabula)

O crescimento urbano em salvador tem causado muitos impactos ambientais. Várias partes da cidade cresceram e se expandiram muito ao decorrer do tempo. Mas neste post vamos tomar um único bairro como exemplo: o Cabula; destacando a questão da habitação e a degradação do meio ambiente.

A população do Cabula cresce rapidamente, apresentando números proporcionalmente sempre superiores às da cidade como um todo. Este fato demonstra a grande dinâmica constatada no bairro, além de caracterizá-lo como um dos grandes eixos de expansão da cidade em nossos dias.

Por muito tempo o Cabula se constituiu numa localidade distante, com características rurais, situada nos arredores da cidade. Até pelo menos o início da década de 1940, o referido local represetava uma importante área verde da Salvador e era constituído por fazendas, cuja principal produção era a de laranja.

A década de 50, foi marcada pelo início do processo de expansão horizontal em Salvador. A referida expansão teve diversas causas, entre as quais salientamos: a evolução dos transportes, o desenvolvimento do centro urbano, a rigidez da estrutura da propriedade da terra na cidade e a forte especulação imobiliária. No Cabula, uma praga destruiu os laranjais entre 1940 e inícios dos anos 50. Ambos os fatos foram muito importantes para a transformação do uso do solo no Cabula e para a respectiva degradação ambiental da região.

Dos anos 60 até os 70 as transformações no sistema de transporte, tanto no próprio bairro como na cidade como um todo, fomentaram um grande impulso ao crescimento do Cabula, situando-o em posição geográfica estratégica.

Em função destas circunstâncias a década de 1970 foi marcada por um ritmo muito acelerado nas mudanças do bairro, destacando-se a implantação de grandes equipamentos públicos e/ou privados, como uma das marcas fundamentais do período. Ainda nesta ocasião destacam-se também grandes alterações no que diz respeito à questão da moradia. A densificação da ocupação a partir da década em destaque foi extremamente forte e os espaços verdes até então ainda comuns no Cabula passaram a ser largamente substituídos por áreas densamente construídas. Em outras palavras, os anos 70 e os posteriores foram marcados por alterações estruturais no Cabula: as antigas fazendas haviam sido vendidas e/ou divididas em lotes menores e ai se vai transformando o Cabula, tanto através de ocupação legal como ilegal.

Em termos das ocupações formais podemos afirmar que foram grandes os investimentos em conjuntos habitacionais, promovidos direta ou indiretamente pelo governo; além dos conjuntos também se estabelecem no bairro os chamados loteamentos legais, ou seja, divisões de grandes áreas, feitas segundo as normas e regras estabelecidas pela Prefeitura Municipal de Salvador.

No que tange às ocupações informais, onde os problemas ambientais são ainda mais drásticos, destacam-se: os loteamentos ilegais, que são áreas também consideráveis, divididas sem o respeito ás normas estabelecidas para tal procedimento; as parcelações, subdivisões posteriores pelas quais costumam passar espaços menos valorizados, dentro dos loteamentos ilegais; e as invasões.

Nas décadas de1980 e 90 o processo de ocupação e a falta de preocupação com o meio ambiente prosseguem assim, as áreas verdes ainda presentes vão rapidamente desaparecendo. O Cabula continua crescendo e, em função da própria densificação demográfica, se tornando cada vez mais atraente também para o setor comercial. Esta afirmação pode ser constatada, por exemplo, através do aparecimento de uma série de pequenos shoppings que passam a marcar a paisagem do bairro.

Torna-se ainda importante salientar que, no presente momento estão sendo realizadas na cidade duas grandes intervenções que afetam diretamente o Cabula: a construção da Avenida Luís Eduardo Magalhães e a implantação do Projeto Metrô de Salvador.

Com relação aos fortes impactos ambientais podemos afirmar que o Cabula tem sofrido muito com a ação antrópica indiscriminada. Dentre os efeitos mais marcantes desta ação destacamos: o desmatamento indiscriminado para a construção das vias de acesso e dos inúmeros imóveis ai instalados; contaminação dos aquíferos existentes; acúmulo de lixo e conseqüente erosão das encostas; o aumento considerável no trânsito de veículos coletivos e particulares, elevando os índices de poluição do ar e sonora.


Bibliografia


BAHIA. Governo da Bahia; Prefeitura de Salvador. Avenida do Descobrimento: Plano Inicial de Trabalho. Salvador, setembro de 1997.

BEZERRA, M. do C. de L.; FERNANDES, M.A. (Coord.) Cidades sustentáveis: subsídios à eloboração da Agenda 21 brasileira. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2000.

FERNANDES, R.B. Las políticas da la vivienda en la ciudad de Salvador y los procesos de urbanización popular en el caso del Cabula. 2000. Tese (Doutorado em Geografia Humana) - Universidad de Barcelona, Espanha.

FERNANDES, R.B. Periferização sócio-espacial em Salvador: análise do Cabula, uma área representativa. 1992. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura, Universidade Federal da Bahia, Salvador.

JACOBI, P. Cidade e meio ambiente: percepções e práticas em São Paulo. São Paulo: Annablume, 2000.

MARCONDES, M.J de A. Cidade e natureza: proteção dos mananciais e exclusão social. São Paulo: Studio Nobel: Edusp/Fapesp, 1999.

MENDONÇA, F. de A. Geografia e meio ambiente. 4.ed. São Paulo: Conartigo, 2001.

PORTO, E.; CARVALHO, E. Reflexos da Globalização na Região de Salvador, Bahia-Brasil. Salvador: Instituto de Pesquisas Econômicas, Sociais e Ambientais / FAU-UFBA, 1999.

SALVADOR. Companhia de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Salvador, Secretaria de Planejamento Municipal. Plano de Ocupação para a Área do Miolo de Salvador. Salvador, 1985.

SALVADOR. Prefeitura Municipal de Salvador; Secretaria de Promoção de Investimentos e Projetos Especiais. Projeto Metrô de Salvador. Salvador, julho de 1998.

SANTO, S.M. A água em Feira de Santana: uma análise do bairro da Rocinha. 1995. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura, Universidade Federal da Bahia, Salvador.

FERNANDES, Rosali Braga. O crescimento urbano em Salvador e os impactos ambientais na formação do Cabula, bairro popular estratégico da cidade



Postado por Flávia Freitas e Arthur Villanova.


'Conclusões a respeito do crescimento urbano de Salvador'

Em nossa opinião, diante de todas as pesquisas empreendidas, o processo de segregação espacial da classe trabalhadora residente no Miolo de Salvador é um dos problemas urbanos da cidade de Salvador e, como tal, não pode ser resolvido isoladamente; em outras palavras, ainda que consideremos que as solicitações dos ali residentes devam ser atendidas, cremos também que devem ser adotadas atitudes mais efetivas, para que osGul problemas possam de fato ser minimizados. Mais adiante exporemos algumas propostas, em níveis de profundidade diferentes, no sentido de buscar as soluções para as deficiências sócio-espaciais-urbanas existentes no Miolo.Em termos amplos, e a longo prazo, apontamos a necessidade de realizar reformas estruturais na sociedade brasileira. Reconhecemos que tais reformas exigirão ações profundas contudo, consideramos que somente uma melhor distribuição de renda reduzindo o nível de pobreza presente em nossas cidades pode, efetivamente, trazer efeitos positivos no que tange à melhoria da qualidade de vida em nosso país. A pobreza é a causa principal da maioria dos problemas sociais, entre os quais ressaltamos o da segregação residencial que acaba por piorar a pobreza.A médio prazo, apontamos para a necessidade urgente de realização e aplicação de planos detalhados, que contem com a participação da comunidade. Os referidos planos devem gerar melhores condições de vida para os habitantes da periferia, através das intervenções e dos investimentos em infraestrutura básica e serviços públicos. O processo de planejamento deverá, através da especificação de usos, definir e controlar espaços para a expansão dos bairros populares, onde devem ser considerados também os aspectos relativos ao meio ambiente, buscando a preservação de áreas verdes significativas, os cursos dos rios, os parques, etc.A curto prazo, destacamos as necessidades de intervenções no âmbito local, as quais devem atender às reinvindicações dos habitantes que, de acordo com nossas investigações, são principalmente os problemas da segurança, do transporte, e dos serviços urbanos de uma maneira geral.É sumamente importante e urgente que as comunidades cada vez mais se organizem, com movimentos sociais ativos, tanto para exigir as mudanças, como para acompanhar o desenvolvimento das mesmas.Embora o Miolo se tenha transformado através do incremento crescente dos serviços, do próprio crescimento urbano e da abertura constante de acessos, caso a lógica atual de distribuição de ingressos e de apropriação e uso da terra seguir perpetuando-se, certamente a população de baixa renda não se beneficiará pois, em não conseguindo arcar com os custos de viver um uma área com mais serviços e mais valor, ela voltará a buscar locais mais distantes, perpetuando com isto, os mesmos problemas em outro lugar.O Miolo se constitui na cara dramática da recente expansão de Salvador; assim, o desenrolar de seu processo de crescimento é de fundamental importância para o próprio futuro da capital da Bahia.

Guilherme Quirino

'Contexto e o processo de ocupação do Miolo '

Para bem caracterizar o Miolo, é fundamental avaliar algumas questões básicas sobre o processo de expansão urbana em cidade como a nossa. Assim, antes de nos fixarmos na evolução do Miolo propriamente dito, vamos destacar alguns aspectos importantes para melhor compreender a formação da área.
O rápido crescimento da população em países como o Brasil, gerou um tipo de expansão territorial das cidades, através de um processo de expulsão dos pobres dos centros urbanos para áreas mais distantes, ao que podemos chamar de processo de formação de uma periferia sócio-espacial. Dita forma de crescimento é uma suburbanização inversa da que se realiza nos países anglosaxões. "...às avessas porque estas periferias são constituídas de populações pobres, com elevadas taxas de subemprego, carentes em serviços urbanos, físicos e sociais, enquanto que nos países desenvolvidos, o processo de suburbanização está associado a uma qualidade de vida muito superior, exatamente nos arredores das grandes cidades, com casas unifamiliares, espaços verdes amplos, etc., que caracterizam o padrão de vida de famílias de classe média-alta". (Faissol; Moreira; Ferreira, 1987, p.86).
Na cidade de Salvador, o processo de expansão horizontal foi efetuado a partir de 1950. Ele foi condicionado pelo aperfeiçoamento dos meios de transporte, pelo desenvolvimento do centro e por fenômenos socioculturais particulares. Embora a crescente demanda de lugares para habitação pudesse ter sido, em grande parte, resolvida pela colmatação dos vazios internos do tecido urbano e proximidades, em função da rigidez da estrutura da terra na cidade, o crescimento da periferia foi a tendência predominante. O mecanismo de especulação imobiliária conferiu ao fenômeno uma intensidade muito distinta da que deveria ser a evolução natural (Brandão, 1978, p.160).
Segundo o Plano do Miolo, este crescimento urbano de Salvador depois de 1950 se concretizou na área através do incentivo à formação de assentamentos urbanos geograficamente dispersos, gerados inicialmente pela presença da antiga estrada de acesso ao aeroporto, a chamada Estrada Velha do Aeroporto, pelo loteamento de velhas chácaras agrícolas originando lugares como Cabula, Pernambués e outros, e finalmente pelos próprios investimentos de ocupação planejada que basicamente são os grandes conjuntos habitacionais ali existentes.

Rogerio Pinto

'Caracterização da parte central da cidade'

O Miolo de Salvador é assim denominado desde os estudos do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano para a Cidade de Salvador (PLANDURB), da década de 1970. Este nome se deve ao fato da região situar-se, em termos geográficos, na parte central do município de Salvador, ou seja, no miolo da cidade. Possuindo cerca de 115 km, ele está entre a BR 324 e a Avenida Luiz Viana Filho, mais conhecida como Avenida Paralela, estendendo-se desde a Invasão Saramandaia até o limite Norte do Munícipio.
A região vem sendo aceleradamente ocupada por população de baixa renda, tanto através de programas governamentais como por ocupação espontânea. Ele também é objeto de grandes investimentos dos setores secundário e terciário da economia. Contudo, a pesar de sua expressividade e importância, não é muito conhecido pela maioria da população soteropolitana.
Segundo o Plano de Ocupação para a Área do Miolo de Salvador (Conder; PMS, 1985), que é um instrumento de pesquisa fundamental na região, o Miolo oferece condições físico-ambientais favoráveis à habitabilidade. À estas boas condições no âmbito das características naturais soma-se a situação geográfica no contexto de Salvador, inclusive em relação aos municípios circunvizinhos. Tudo isto faz do Miolo da cidade de Salvador, uma área de expansão urbana por excelência.

Tainara Barreto

'Ocupação e Evolução Urbana de Salvador'


A Região Metropolitana de Salvador coloca-se como a sexta região metropolitana do pais em termos demográficos, sendo que Salvador é a terceira cidade mais populosa do pais, e a primeira do Nordeste em termos de criação de valor. Salvador responde por quase a totalidade do PIB metropolitano, por concentrar o maior dinamismo econômico e a maioria da população da região.
Ainda assim sua economia tem apresentado um dinamismo limitado o que se reflete no ritmo de crescimento demográfico, que, embora positivo, foi inferior ao das cinco principais regiões metropolitanas do Brasil durante a década de 1990; e também nas condições de ocupação e renda da população, mostrando-se incapaz de oferecer melhores opções de subsistência a população.
Nessa época o grau de urbanização de Salvador cresceu 1,8% e o município teve uma taxa media de crescimento anual de 2,14% ( superior a media de 1,1% correspondente a Bahia como um todo).Por sua falta de dinamismo econômico e ineficiência da administração publica Salvador não se mostrou capaz de abrigar decentemente todo seu contingente populacional, a exemplo de 60% da população soteropolitana ocupar áreas de maneira informal. Em termos geográficos, as áreas em condições mais precárias de habitabilidade concentram-se no Subúrbio Ferroviário e no chamado Miolo da cidade, enquanto aquelas em melhores condições situam-se na área central e na faixa ao longo da Orla Oceânica, mesmo que também existam ilhas de ocupação informal e deficiente inseridas nessas áreas quando ainda não eram valorizadas como mostra o mapa.



No mapa fica obvia a ocupação da Orla Atlântica de Salvador pelos grupos dos grandes empregadores e dirigentes e pelos trabalhadores “intelectuais”, em uma mancha praticamente contínua, limitada a Oeste pela Avenida Paralela, eixo viário importante; com exceção do enclave que se constitui no Nordeste de Amaralina e que também ocorre com o bairro da Boca do Rio um pouco mais ao Norte.
Nos espaços onde se concentram as “classes superiores”, encontram-se os equipamentos públicos e privados mais importantes, modernos centros comerciais e de serviços, redes de infra-estrutura – energia, esgoto, água, telefonia, coleta de lixo e sistema viário.

Em Salvador as principais melhorias urbanas foram direcionadas para o desenvolvimento do turismo com a exploração de áreas publicas, privatização de praias e dos serviços urbanos; destacando-se como principais intervenções:
a) requalificacao de certas áreas da cidade antiga, como o Pelourinho e adjacências, expulsando a população pobre e transformando-se em um grande shopping aberto, com bares, restaurantes, atividades culturais, etc.;
b) intervenções pontuais de embelezamento e melhoria em áreas publicas da cidade formal, como praças e jardins, ou parques da orla;
c) Redimensionamento de projetos e investimento em habitação social, sobretudo nas áreas degradadas inseridas na cidade formal e próximas as áreas de atração turística, privilegiando-se a estética em detrimento do conforto habitacional;
d) Discussão da requalificação da área do antigo Comercio, crescentemente esvaziado, com indicações de investimentos turísticos de lazer e habitação para as classes medias.

Fernanda Carvalho Bonifacio



Fonte: http://www.ub.es/geocrit/

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Impacto ambiental do transporte de pessoas: Fatores

Aumento de gás carbônico na atmosfera. Esse é um dos itens de maior impacto na atualidade. Meios de transporte que aumentam o gás carbônico atmosférico ampliam o aquecimento global. Veículos a álcool não ampliam o efeito estufa, pois o gás carbônico que geram foi retirado do ar durante o crescimento da cana e o ciclo é fechado. Veículos elétricos (ônibus, trens e metrô) no Brasil pouco influenciam o aquecimento global porque nossa energia elétrica é quase toda produzida em hidrelétricas. Veículos que usam combustíveis de petróleo são os vilões nesse quesito. Estão nessa categoria os que usam gasolina, gás natural, diesel e querosene de aviação. Carros com motores grandes têm impacto maior porque consomem mais combustível por quilômetro rodado.
Geração de poluentes. O gás carbônico não é o único poluente gerado por veículos motorizados. Temos que considerar também a fuligem; o monóxido de carbono; gases de nitrogênio e enxofre e substâncias que contém metais pesados. Nesse quesito, álcool e gás natural são os combustíveis mais limpos e o diesel, o que mais gera poluição.
Impacto da produção da fonte de energia. Os meios de transporte usam várias fontes de energia: álcool, gás natural, gasolina, diesel, querosene de aviação, eletricidade, etc. Cada uma dessas fontes tem um impacto ambiental de produção. O impacto ambiental de produção do álcool é alto se comparado com o do gás natural, que exige basicamente a perfuração do poço e a canalização do gás.
Impacto da fabricação do veículo. A fabricação do veículo consome muitos materiais e recursos energéticos. A maioria dos veículos motorizados consome muito aço e plástico. No caso dos aviões, o consumo de alumínio é grande. Os veículos mais sofisticados têm uma cadeia de produção cara.
Impacto das vias de circulação. Para circular, os veículos precisam de vias. O carro é o meio de transporte que causa maior modificação na paisagem, tanto urbana como rural. As ruas e estradas causam grande impacto ambiental. Exigem grandes movimentações de terra, impermeabilizam o solo, prejudicam a circulação da fauna nas áreas rurais, etc. O metrô exige grandes obras subterrâneas, mas tem um volume de utilização alto. Os trens também precisam de vias de circulação caras. Nesse sentido, os aviões levam vantagem, pois só precisam de estrutura no pouso e na decolagem.
Fonte: http://www.radames.manosso.nom.br/ambiental/impactotransportes.htm (acessado no dia 24/03/2009)

Wesley Estrela

Impacto ambiental do transporte de pessoas

Vivemos em uma sociedade de movimentação contínua. Circulamos muito e se formos analisar por que fazemos isso chegaremos a uma conclusão simples: nos movimentamos demais porque o transporte é barato. Vivemos uma ilusão de fartura em transportes que está nos levando a um colapso de recursos naturais. A paisagem urbana contemporânea é marcada pelas vias de circulação. Em áreas urbanas, as vias de circulação ocupam tanto espaço quanto as de habitação. Infelizmente, ainda há pessoas que vêem em viadutos e em grandes avenidas uma marca de progresso, mas a consciência ecológica nos levará a uma revisão de nossos hábitos de transporte. Reduzir é a solução preferencial. A solução de impacto ambiental zero é não ir. Por isso, tente resolver seus problemas por telefone, pela Internet ou por vídeo conferência. Se não for possível reduzir, devemos racionalizar o transporte com iniciativas como resolver vários compromissos em um único deslocamento ou levar mais pessoas no mesmo veículo. Nessa mesma linha, devemos optar pela forma de transporte com menos impacto.
Aqui, vamos tentar estabelecer uma escala de impacto para o transporte pessoal. Observe a tabela e se quiser saber como os meios de transporte foram classificados, veja na seqüência os critérios adotados.



A classificação de alguns meios de transporte pode surpreender. As motocicletas são colocadas na classe D porque a tecnologia de seus motores gera muito monóxido de carbono. Os aviões de carreira consomem muito combustíveis, mas está no mesmo patamar de um carro a gás que transporta um passageiro. Isso porque esses aviões transportam muitos passageiros e dessa forma diluem o seu consumo. Os veículos a diesel que levam apenas um passageiro ficam na classe E porque combinam alto consumo de combustível com a maior poluição gerada pelo diesel se comparado a outros combustíveis.
Fonte: http://www.radames.manosso.nom.br/ambiental/impactotransportes.htm (acessado no dia 24/03/2009)
Wesley Estrela

Alerta Geral na Biosfera

As consequências da interferência do homem no meio ambiente são graves, atingindo, em maior ou menor escala toda a humanidade. Dentre os principais problemas ambientais podemos ressaltar: A ocupação desordenada do solo e formação de grandes núcleos populacionais, produzindo o caos urbano com problemas de habitação, trânsito, destinação de esgotos, lixo, etc.
O Lixo é um grave problema urbano dos tempos modernos. A sociedade industrializada cria, consome e descarta materiais de difícil decomposição, seja pela ação física (luz, temperatura, chuva), ou pela ação biológica, como o plástico, borracha, vidros, latas e papéis, que se acumulam no ambiente, provocando desperdício de matéria prima, produto acabado e energia. Além disso, podem contribuir para causar enchentes e poluição.
As chuvas ácidas são provocadas pela concentração de gases de nitrogênio e enxofre lançados na atmosfera, decorrentes da queima dos combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral. Além de afetar as plantas e as águas, causam danos nos monumentos históricos localizados ao ar livre, pela ação dos ácidos sobre o mármore, concreto, metais, etc. A Inversão térmica é uma condição climática adversa, observada principalmente nas grandes cidades, em dias mais frios e com excessiva poluição do ar. Normalmente, o ar que se acha em contato com o solo é mais quente que o ar das camadas superiores, tendendo a subir e a dispersar os poluentes. No inverno, as frentes frias provocam um rápido resfriamento do ar junto ao solo. Nessas condições, esse ar mais baixo permanece mais frio e mais denso que o das camadas superiores; sendo mais denso, ele não tende a subir e, sem a movimentação do ar, os poluentes se concentram na camada mais próxima do solo. Provoca doenças respiratórias nas crianças e nas pessoas idosas.
Poluição visual - O avanço acelerado da sociedade urbana tem provocado graves impactos ao meio ambiente, especialmente no que tange a poluição do ar, das águas, do solo e a Poluição Visual. Devido à publicidade desenfreada, a poluição visual coloca em questão a forma como a cidade vem sendo ocupada causada pela multiplicação desordenada da publicidade nos grandes centros urbanos. O suceder de placas, painéis, cartazes, cavaletes, faixas, banners, infláveis, balões, out-doors, back-lights, front-lights, painéis eletrônicos e painéis televisivos de alta definição, competindo cada vez mais os espaços e locais, causam agressões visuais e físicas aos espectadores, retiram a possibilidade dos referenciais arquitetônicos das paisagens urbanas, transgridem regras básicas de segurança, aniquilam as feições dos prédios, obstruem aberturas de insolação e ventilação dos edifícios, degradam o conjunto arquitetônico urbano num verdadeiro flagelo. Somem-se a isto as pichações, os folhetos, folhetins, folders, além do lixo, espalhados, sem controle.
Fonte: http://www.redeambiente.org.br/Temas.asp?id_secao=2&artigo=14 (acessado no dia 24/03/2009)
Wesley Estrela

segunda-feira, 30 de março de 2009

' Processos de formação e impactos ambientais no Cabula '


Pelo que podemos observar em nossas pesquisas, por muito tempo o Cabula se constituiu numa localidade distante, com características rurais, situada nos arredores da cidade. Até pelo menos o início da década de 1940, o referido local represetava uma importante área verde da Salvador e era constituído por fazendas, cuja principal produção era a de laranja.
A década de 50, foi marcada pelo início do processo de expansão horizontal em Salvador. A referida expansão teve diversas causas, entre as quais salientamos: a evolução dos transportes, o desenvolvimento do centro urbano, a rigidez da estrutura da propriedade da terra na cidade e a forte especulação imobiliária. No Cabula, uma praga destruiu os laranjais entre 1940 e inícios dos anos 50. Ambos os fatos foram muito importantes para a transformação do uso do solo no Cabula e para a respectiva degradação ambiental da região.
Dos anos 60 até os 70 as transformações no sistema de transporte, tanto no próprio bairro como na cidade como um todo, fomentaram um grande impulso ao crescimento do Cabula, situando-o em posição geográfica estratégica.
Em função destas circunstâncias a década de 1970 foi marcada por um ritmo muito acelerado nas mudanças do bairro, destacando-se a implantação de grandes equipamentos públicos e/ou privados, como uma das marcas fundamentais do período. Ainda nesta ocasião destacam-se também grandes alterações no que diz respeito à questão da moradia. A densificação da ocupação a partir da década em destaque foi extremamente forte e os espaços verdes até então ainda comuns no Cabula passaram a ser largamente substituídos por áreas densamente construídas. Em outras palavras, os anos 70 e os posteriores foram marcados por alterações estruturais no Cabula: as antigas fazendas haviam sido vendidas e/ou divididas em lotes menores e ai se vai transformando o Cabula, tanto através de ocupação legal como ilegal.
Em termos das ocupações formais podemos afirmar que foram grandes os investimentos em conjuntos habitacionais, promovidos direta ou indiretamente pelo governo; além dos conjuntos também se estabelecem no bairro os chamados loteamentos legais, ou seja, divisões de grandes áreas, feitas segundo as normas e regras estabelecidas pela Prefeitura Municipal de Salvador.
No que tange às ocupações informais, onde os problemas ambientais são ainda mais drásticos, destacam-se: os loteamentos ilegais, que são áreas também consideráveis, divididas sem o respeito ás normas estabelecidas para tal procedimento; as parcelações, subdivisões posteriores pelas quais costumam passar espaços menos valorizados, dentro dos loteamentos ilegais; e as invasões.
Nas décadas de1980 e 90 o processo de ocupação e a falta de preocupação com o meio ambiente prosseguem assim, as áreas verdes ainda presentes vão rapidamente desaparecendo. O Cabula continua crescendo e, em função da própria densificação demográfica, se tornando cada vez mais atraente também para o setor comercial. Esta afirmação pode ser constatada, por exemplo, através do aparecimento de uma série de pequenos shoppings que passam a marcar a paisagem do bairro.
Torna-se ainda importante salientar que, no presente momento estão sendo realizadas na cidade duas grandes intervenções que afetam diretamente o Cabula: a construção da Avenida Luís Eduardo Magalhães e a implantação do Projeto Metrô de Salvador.
Com relação aos fortes impactos ambientais podemos afirmar que o Cabula tem sofrido muito com a ação antrópica indiscriminada. Dentre os efeitos mais marcantes desta ação destacamos: o desmatamento indiscriminado para a construção das vias de acesso e dos inúmeros imóveis ai instalados; contaminação dos aquíferos existentes; acúmulo de lixo e conseqüente erosão das encostas; o aumento considerável no trânsito de veículos coletivos e particulares, elevando os índices de poluição do ar e sonora.
Amanda Moura

' Rir para não chorar '

Vanessa Santana

'Os primeiros sinais de uma tragédia'


Por cerca de 4 bilhões de anos o balanço ecológico do planeta esteve protegido. Com o surgimento do homem, meros 100 mil anos, o processo degradativo do meio ambiente tem sido proporcional à sua evolução. No Brasil, o início da influência do homem sobre o meio ambiente pode ser notada a partir da chegada dos portugueses. Antes da ocupação do território brasileiro, os indígenas que aqui habitavam (estimados em 8 milhões) sobreviviam basicamente da exploração de recursos naturais, por isso, utilizavam-nos de forma sustentável.
Após a exterminação de grande parte dos índios pelos portugueses, o número de habitantes do Brasil se reduziu a três milhões no início do século XIX. Foi nesse período que começaram as intensas devastações do nosso território. À época, o homem se baseava em crenças religiosas que pregavam que os recursos naturais eram infindáveis, então, o término de uma exploração se dava com a extenuação dos recursos do local. Infelizmente, essa cultura tem passado de geração em geração e até os dias de hoje ainda predomina.
As causas das agressões ao meio ambiente são de ordem política, econômica e cultural. A sociedade ainda não absorveu a importância do meio ambiente para sua sobrevivência. O homem branco sempre considerou os índios como povos “não civilizados”, porém esses “povos não civilizados” sabiam muito bem a importância da natureza para sua vida. O homem “civilizado” tem usado os recursos naturais inescrupulosamente priorizando o lucro em detrimento das questões ambientais. Todavia, essa ganância tem um custo alto, já visível nos problemas causados pela poluição do ar e da água e no número de doenças derivadas desses fatores. A preocupação com o meio ambiente caminha a passos lentos no Brasil, ao contrário dos países desenvolvidos, principalmente em função de prioridades ainda maiores como, por exemplo a pobreza. As carências em tantas áreas impedem que sejam empregadas tecnologias/investimentos na área ambiental. Dessa forma, estamos sempre atrasados com relação aos países desenvolvidos e, com isso, continuamos poluindo. A única forma para evitar problemas futuros, de ainda maiores degradações do meio ambiente, é através de legislações rígidas e da consciência ecológica.
Fernanda Carvalho Bonifacio


http://www.gestaosocial.org.br/